sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Distante do amanhã

sexta-feira, 17 de setembro de 2010
No final, era só papel picado e milhões de memórias sobrevoando a cidade.
O telhado daquele arranha céu era a única lembrança agora.
Estava cansada.
Você me consumia de longe e nao podia me salvar.
Minha culpa aquela noite de novembro!
Nevou no Rio de Janeiro, chorei por amor.
As lágrimas petrificaram meu corpo.
Sobrou apenas alma.
Não sobrei.
Não sobramos.
Somos.
Meu e tua.
Mesmo depois do amanhã.

sábado, 4 de setembro de 2010

Tudo azul

sábado, 4 de setembro de 2010
Dizem que o paraíso é o lugar perfeito, único.
Dizem que no paraíso é tudo mágico.
Passei 17 primaveras à procura dele. Do paraíso.
Do infinito, onde sorrisos falam e você pode voar.
Ah, o paraíso!
Poder sentir o cheiro do mar batendo no horizonte.
Sentir o sol aquecendo a lua, nua.
Tudo azul.
Deitar entre as flores e vestir-me de pétalas, as quais sejam retiradas uma a uma apenas com um olhar.
Amar.
Cansar do belo e perigar-se em um estalar de dedos, arranhões, beijos.
Dar voz a vida com um toque.
Tremer.
Viver.
Correr o corpo, morto, cansado, suado.
Gozar.
Fechar os olhos, abraçar apertado, morrer junto.
Ah, o paraíso!
 
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